A Shell confirmou, nesta terça-feira, 06, o seu plano de retirada do negócio de downstream na África do Sul, após mais de 120 anos de operação.
Num comunicado divulgado pela imprensa local, a petrolífera britânica informou que decidiu alienar a sua participação maioritária de uma unidade local de downstream na África do Sul, após uma revisão abrangente dos seus negócios de downstream e de energias renováveis em todas as regiões.
O negócio downstream tradicionalmente abrange o refino, o transporte e a venda de combustível aos clientes.
“Como resultado desta revisão, a Shell decidiu remodelar o portfólio downstream e pretende alienar a sua participação na Shell Downstream SA (SDSA). Considerando a ilustre história da SDSA, esta decisão não foi tomada de ânimo leve”, disse a empresa na nota.
A declaração da Shell segue-se a notícias avançadas pela imprensa local de que pretendia sair da África do Sul e que a empresa estava numa disputa sobre os termos de separação com o seu parceiro Thebe Investment Corporation.
A Shell perdeu a capacidade de refinação na África do Sul quando a refinaria Sapref – uma joint venture com a BP – foi encerrada em 2022. Os planos para vender a refinaria ao Fundo Central de Energia do governo fracassaram depois de as inundações terem causado graves danos à central.
"Ao longo de mais de 120 anos na África do Sul, a Shell construiu um enorme legado do qual todos podemos orgulhar-nos. Fizemos uma contribuição significativa para a construção da nação, fortalecendo vidas através dos nossos produtos e serviços, do nosso pessoal, promovendo a equidade e a inclusão e causando um impacto positivo na sociedade", afirmou a companhia.