O Inquérito ao Emprego em Angola 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), estima a população economicamente activa com 15 ou mais anos, em 17 milhões de pessoas.
O baixo crescimento económico e o défice de dignidade no trabalho comprometem a justiça social, pois, perto de 14,8 milhões de pessoas, que representam 87% da população economicamente activa, não têm acesso a um emprego remunerado segundo cálculos com base no Inquérito do INE.
De acordo com o economista Pedro Lukusse, em Angola o mercado de trabalho ainda não se recuperou dos impactos causados pela pandemia da COVID 19, que aumentou a informalidade e a pobreza no trabalho, adicionalmente o fraco investimento no sector produtivo, a inflação, bem como a falha na execução de programas e políticas públicas, agravam a escassez de melhores oportunidades de emprego e empurram os trabalhadores para empregos de menos qualidade e privando outros de protecção social.
Dentre os trabalhadores por conta de outrem, muitos não têm acesso à protecção social e aos direitos fundamentais no trabalho, pois a maioria, isto é 9,4 milhões de pessoas encontra-se em situação de informalidade, ou incapazes de expressar as necessidades através do diálogo social.
Leia esta matéria na íntegra na edição de Maio da revista Economia & Mercado.