Angola subiu 21 lugares no ranking global sobre a liberdade de imprensa, saltando da 125.ª posição, em 2023, para a 104.ª, em 2024, de acordo com um relatório publicado esta sexta-feira, 3 de Abril, pela Repórter Sem Fronteiras (RSF).
Segundo o documento, a imprensa angolana é a que mais melhorou entre os oito dos nove Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que constam desta tabela publicada anualmente, a qual não inclui São Tomé e Príncipe.
De seguida, o Brasil aparece como o segundo país da lusofonia que mais cresceu em termos de liberdade de imprensa, subindo 10 lugares na ranking, saltando da posição 92.ª para 82.ª, ocupada pela Guiné-Bissau na classificação de 2023.
Aliás, Portugal também aparece entre os que melhoraram o desempenho, subindo dois lugares, do 9.º para o 7.º. De acordo com o documento da RSF, Timor-Leste mantém-se como o segundo país da CPLP com mais liberdade de imprensa.
Contrariamente, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique regrediram em termos de liberdade de imprensa, saíndo das posições 33 para 41, de 82 para 96, de 102 para 105, respectivamente.
De modo geral, diz o relatório, “a região do Magreb - Oriente Médio é onde a situação é mais grave, seguida da Ásia-Pacífico, onde o jornalismo está sufocado sob o peso de regimes autoritários”. Na África, continua, ainda que menos de 10% da área esteja numa situação “muito grave”, quase metade dos países está numa situação “difícil”.
“Os países onde a liberdade de imprensa está em boa forma permanecem todos localizados na Europa, mais precisamente dentro da União Europeia (UE) – que adotou a primeira legislação sobre a liberdade dos meios de comunicação (EMFA). A Irlanda não está mais entre os três primeiros, dando lugar à Suécia, e a Alemanha está agora entre os dez primeiros países do ranking”, lê-se no documento.
O Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, publicado anualmente pela Repórteres sem Fronteiras, avalia as condições para o jornalismo em 180 países e territórios.