3
1
PATROCINADO

Galp quer ‘libertar’ metade dos 80% da sua participação em bloco petrolífero na Namíbia

Victória Maviluka
2/5/2024
1
2
Foto:
DR

Companhia portuguesa anunciou a conclusão da primeira fase de exploração do campo de Mopane, com uma capacidade de produção estimada em 10 mil milhões de barris de petróleo.

A Galp Energia, companhia petrolífera portuguesa, está à procura de novos parceiros para ceder parte dos 80% da sua participação em bloco petrolífero na Namíbia.

Filipe Silva, presidente executivo da empresa, disse, esta semana, que está "além dos meios financeiros" da Galp manter o volume da sua participação no bloco de exploração, que inclui o campo de Mopane.

"Vamos priorizar um parceiro que esteja interessado em desenvolver rapidamente as perspectivas e que financie o investimento”, disse Filipe Silva, numa teleconferência.

Recentemente, a companhia portuguesa anunciou a conclusão da primeira fase de exploração do campo de Mopane, com uma capacidade de produção estimada em 10 mil milhões de barris de petróleo.

"Estamos confiantes de que a Namíbia trará outra avenida de crescimento estimulante para a Galp”, perspectivou Filipe Silva, citado pelo Jornal de Angola.

Detalhou que o complexo de Mopane vai ser um “desenvolvimento múltiplo de FPSO [plataformas de produção e armazenamento baseadas em navios]”, que exigiria dezenas de milhares de milhões de dólares, o que "não se espera que seja financiado pela Galp".

"É fundamental que o mercado entenda que, quando começamos com uma participação de 80%, temos muita margem de manobra para diminuir, ser diluído ao longo do tempo e trazer parceiros para financiar o projecto”, sublinhou o presidente executivo da petrolífera.

Presença em Moçambique

A Galp Energia tem, igualmente, participação de 10% num consórcio de exploração de gás natural na Área 4 do Rovuma, na região Norte de Moçambique. 

Com uma participação de 70%, a moçambicana Rovuma Venture, constituída pela Exxon Mobil Corp, pela italiana ENI e pela China National Petroleum Corporation (CNPC), é a principal accionista do projecto.

A Kogas da Coreia e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique ENH dividem os outros 30% das acções.