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Macron e Xi Jinping analisam guerra na Ucrânia

Fernando Baxi
30/4/2024
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Foto:
DR

O conflito russo-ucraniano vai dominar o debate entre Macron e Xi Jinping no encontro aprazado para Maio de 2024, durante a visita oficial do Presidente chinês a França, nos dias 6 e 7.

A visita do Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado de imprensa, marca o sexagésimo (60º) aniversário das relações diplomáricas entre os dois países e ocorre na sequência da visita do Chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, a Pequim e Cantão em Abril de 2023.

"Os contactos vão concentrar-se nas crises internacionais, nomeadamente a guerra na Ucrânia e a situação no Médio Oriente, as questões comerciais, a cooperação científica, cultural e desportiva, bem como as nossas acções comuns para enfrentar os desafios globais, em particular a emergência climática, a protecção da biodiversidade e a situação financeira dos países mais vulneráveis", acrescentou a Presidência francesa em nota.

Aquando da visita à República Popular da China, Emmanuel Macron apelou ao homólogo chinês para "chamar a Rússia à razão" relativamente à Ucrânia "e para que todos regressem à mesa das negociações".  

Um ano depois, relata a Agência France Press (AFP), a análise francesa sobre as relações sino-russa mantém-se, alegando que Pequim continua a ser o principal aliado político e económico de Moscovo, de tal forma que o diálogo com a superpotência chinesa, relativamente ao conflito russo-ucraniano, permanece uma prioridade.

"Temos de continuar a envolver a China, que é objectivamente o actor internacional com maior influência para mudar a mentalidade de Moscovo", disse uma fonte diplomática francesa à AFP, reconhecendo que não se pode esperar uma grande mudança ”de um dia para o outro”.

"Com esta visita, a França demonstra que é um dos poucos países do mundo capaz de manter canais de discussão a todos os níveis com a segunda maior economia do mundo, a China, numa altura em que as relações com os Estados Unidos e o Reino Unido são tensas. Trata-se de uma mais-valia única para a França", acrescentou a mesma fonte diplomática.

O Presidente russo, Vladimir Putin, deve visitar a República Popular da China em Maio deste ano.