A 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) abriu esta terça-feira, 23 de Julho, na Zona Económica Especial (ZEE), em Viana, sob o lema "Segurança alimentar e parceria internacional: o binómio da diversificação económica”.

A decorrer até domingo, 28, numa superfície de pelo menos 14 mil metros quadrados para exposição, o evento contabiliza mais de 1.300 expositores, entre nacionais e estrangeiros, dos mais diversos sectores, além de várias centenas de visitantes provenientes das diferentes províncias do País.

Quanto às empresas internacionais, por exemplo, a E&M testemunha a presença da Kotra, tida como a secção comercial da embaixada da Coreia e agência de promoção de comércio e investimento, cuja participação na FILDA 2024 resulta de um acordo firmado entre os governos de Angola e daquele país asiático, por ocasião da visita oficial do Presente João Lourenço.

Já com escritório instalado em Moçambique, a Kotra traz à FILDA cerca de 40 empresas coreanas que procuram parceiros angolanos em vários segmentos, entre os sectores de saúde, estética, restauração, automóveis e matéria-prima. 

“Como eu disse, a Kotra é parte do governo, então nós não fazemos comércio, mas nós trabalhamos como uma plataforma para fazer o link das empresas. Por exemplo, aquela empresa coreana que vende os produtos da beleza já encontrou o parceiro angolano. Assim eles já têm uma representação aqui em Angola, conseguida durante a preparação da FILDA 2024. Os outros ainda estamos à procura”, explicou a representante do departamento comercial da agência.

Além da coreana, a 39.ª edição da FILDA também regista a presença da Associação de Sines, com sede em Portugal, que concentra pelo menos 300 empresas nos sectores de ensino e formação, certificação, dos portos e logística, da aviação, das pesca e da agricultura.

De acordo com o seu presidente, Hugo Ferreira, além de associar 300 empresas, das quais constam angolanas do sector privado, essencialmente, a associação tem muitas parcerias com órgãos públicos. 

Na presente edição da Feira Internacional de Luanda, por exemplo, a Associação de Sines está representada com cerca de 15 empresas, segundo Hugo Ferreira.

Discurso de abertura

O discurso de abertura do evento foi proferido pela ministra de Estado para a área social, Maria Bragança Sambo, antecedido pelas intervenções do ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguês, e do presidente do Conselho de Administração do grupo Arena, Bruno Albernaz.

Na primeira intervenção que fez na qualidade de ministra de Estado, Maria Bragança Sambo destacou a FILDA como principal bolsa do País, que se afigura como um instrumento de atracção de investidores, financiadores, empresários, numa perspectiva de intercâmbio, identificação crescimento de negócios e que todo o angolano na condição de agente facilitador dessa interacção procura assegurar que as reformas políticas e económicas possam influenciar positivamente o reforço de parcerias na economia real e a captação de maior volume de investimentos.

Agenda do segundo dia

De acordo com o programa oficial, para esta quarta-feira, 24, estão agendadas sessões de conferências e o fórum Angola-Portugal 2024, que deve contar com as presenças do presidente do Conselho de Administração da Agência para o Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), do presidente do Conselho de Administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), do ministro da Economia de Portugal e do ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola.