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África: China ‘larga’ mais 50 mil milhões USD e promete formar sete mil militares

Victória Maviluka
6/9/2024
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Foto:
DR

Na cerimónia de abertura do Fórum China-África, em Pequim, Xi Jinping sublinhou que as relações entre o seu país e o continente africano vivem o “melhor período da sua história”.

A China prometeu desembolsar, nos próximos três anos, 50 mil milhões de dólares para apoio aos países africanos, e vai formar sete mil militares do continente, anunciou, nesta quinta-feira, 05, Xi Jinping.

No Fórum de Cooperação China-África, que reúne, desde quarta-feira, 04, em Pequim, mais de 50 líderes africanos, o Presidente chinês explicou que este financiamento visa reforçar a cooperação do ‘gigante’ asiático com o continente nos domínios de edificação de infra-estruturas e comércio.

“Nos próximos três anos, o Governo chinês quer prestar apoio financeiro [à África] no valor de 360 ​​mil milhões de yuans [50,7 mil milhões de dólares]”, metade dos quais sob a forma de créditos, anunciou o líder do país que detém a segunda maior economia do mundo.

“Penso que será um grande benefício para o continente africano”, disse o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante uma conferência de imprensa na capital chinesa, onde se encontra numa visita de Estado que inclui a participação no fórum China-África.

Além deste apoio financeiro, que permitirá criar cerca de 1 milhão de empregos em África, Pequim fornecerá 141 milhões de dólares em subsídios militares e proporcionará formação a 6.000 militares e 1.000 polícias e outros agentes da ordem em África.

Na cerimónia de abertura do fórum, decorrida no Palácio do Povo, Xi Jinping sublinhou que as relações entre o seu país e o continente africano vivem o “melhor período da sua história”.

"A China está pronta para aprofundar a cooperação com os países africanos na indústria, agricultura, infra-estruturas, comércio e investimento ", acrescentou o Chefe de Estado chinês.

Presente no Fórum de Cooperação China-África, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou que a China e a África, ao cooperarem juntas, poderiam desencadear “a revolução das energias renováveis”.

"O notável histórico de desenvolvimento da China, particularmente na erradicação da pobreza, é uma grande fonte de experiência e conhecimento especializado ", assinalou o português que lidera a ONU.