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África Oriental marca ‘passos gigantes’ no sector de energia limpa, diz ONU

Sebastião Garricha
3/5/2024
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Foto:
DR

Apesar de não ser o maior mercado de energia limpa, África Oriental é o que mais cresce, fundamentalmente pela capacidade dos seus projectos de energias renováveis ​​em construção.

Um relatório da Comissão Económica das Nações Unidas para África, intitulado “Investir numa transição justa e sustentável de África”, revela que a África Oriental está a tornar-se rapidamente a sub-região com o desenvolvimento mais rápido no departamento de energia limpa. 

De acordo com o documento, o Norte de África detém actualmente esse título com uma capacidade de energia renovável de 24.840 megawatts, a África Central ostenta 10.402, enquanto a África Oriental, com uma capacidade de energia renovável de 6.298, aparece em quarto lugar, depois da África Ocidental que tem uma capacidade de energia renovável de 13.110, e antes da  Austral com 4.253 megawatts.

Contudo, é a capacidade dos projectos de energias renováveis ​​em construção que coloca a África Oriental numa posição privilegiada, diz o relatório. Com 5.481, a África Oriental ultrapassa a África Ocidental, que tem apenas 100. A este respeito, a África Oriental ainda está abaixo da África Central e do Norte de África, com capacidades de 10.095 e 15.201 megawatts, respectivamente.

“África representa apenas cerca de 1% da capacidade instalada de energia solar, embora tenha 40% do potencial mundial. A capacidade solar fotovoltaica de África excede a procura energética projectada, com potencial para gerar mais de 660.000 Terawatt-hora (TWh) de electricidade por ano. A África Oriental tem o maior potencial, com mais de 200.000 TWh por ano em capacidade teórica, seguida pela África Austral, com mais de 160.000 TWh”, lê-se no relatório.

Além disso, o documento afirma que a maior parte dos recursos eólicos em África estão perto das costas e das montanhas, principalmente nas regiões leste e norte. 

“Argélia, Egipto, Etiópia, Gana, Quénia, Somália, África do Sul, Sudão e Tanzânia têm o maior potencial de energia eólica interior, enquanto Angola, Madagáscar, Moçambique, África do Sul e Tanzânia têm elevado potencial offshore”, acrescenta.