O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) lançou, no final de Junho último, um projecto destinado a mapear 160 associações de mulheres empresárias em 16 países do continente africano, segundo notícia publicada hoje, segunda-feira, 8, pela revista Further Africa.
De acordo com a notícia, o projeto de mapeamento, apoiado pela iniciativa Affirmative Finance Action for Women in Africa (AFAWA), do Grupo Banco, e pelo Fundo Fiduciário para a Igualdade de Género (GETF, na sigla em inglês), visa fortalecer a visibilidade das associações, melhorar as suas capacidades institucionais e facilitar o acesso ao financiamento.
Trata-se de um projecto atrelado ao plano de acção do Banco Africano de Desenvolvimento para o envolvimento com a sociedade civil 2024-2028, que ilustra o compromisso da instituição com a inclusão, transparência e responsabilização, segundo Beth Dunford, vice-presidente para Agricultura, Desenvolvimento Humano e Social do BAD.
Citado na notícia, o chefe da Divisão de Sociedade Civil e Engajamento Comunitário do BAD, Zeneb Touré, entende que as associações de mulheres empreendedoras são catalisadoras de reformas e inovações que apoiam o empreendedorismo feminino e facilitam o acesso das mulheres aos recursos económicos de que precisam para realizar todo o seu potencial.
Igualmente, o representante da Fundação SEPHIS, que facilita o acesso ao financiamento do Banco para PMEs (Pequenas e Médias Empresas) lideradas por mulheres na África Subsaariana, Dagou Yvonne Nivine Gadji, entende que as associações identificadas para o projecto de mapeamento seriam "catalisadoras de reformas, um impulso para o empoderamento das mulheres e um cadinho para construir a capacidade de várias outras redes de mulheres empreendedoras".
Segundo Jacqueline Tientcheu, presidente da Federação de Organizações de Mulheres Empresárias na África Central (FOF-AC), a questão do acesso ao financiamento torna-se preocupante.
“É muito difícil na África, porque a maioria das mulheres não têm uma garantia para levantar os fundos de que precisam. Existem organizações de microfinanças que apoiam as mulheres, mas suas taxas de juros são muito altas. Acreditamos que o programa AFAWA, por meio do Fundo Fiduciário para a Igualdade de Gênero (GETF), pode nos ajudar", finaliza.
