A Galp Energia, companhia petrolífera portuguesa, está à procura de novos parceiros para ceder parte dos 80% da sua participação em bloco petrolífero na Namíbia.
Filipe Silva, presidente executivo da empresa, disse, esta semana, que está "além dos meios financeiros" da Galp manter o volume da sua participação no bloco de exploração, que inclui o campo de Mopane.
"Vamos priorizar um parceiro que esteja interessado em desenvolver rapidamente as perspectivas e que financie o investimento”, disse Filipe Silva, numa teleconferência.
Recentemente, a companhia portuguesa anunciou a conclusão da primeira fase de exploração do campo de Mopane, com uma capacidade de produção estimada em 10 mil milhões de barris de petróleo.
"Estamos confiantes de que a Namíbia trará outra avenida de crescimento estimulante para a Galp”, perspectivou Filipe Silva, citado pelo Jornal de Angola.
Detalhou que o complexo de Mopane vai ser um “desenvolvimento múltiplo de FPSO [plataformas de produção e armazenamento baseadas em navios]”, que exigiria dezenas de milhares de milhões de dólares, o que "não se espera que seja financiado pela Galp".
"É fundamental que o mercado entenda que, quando começamos com uma participação de 80%, temos muita margem de manobra para diminuir, ser diluído ao longo do tempo e trazer parceiros para financiar o projecto”, sublinhou o presidente executivo da petrolífera.
Presença em Moçambique
A Galp Energia tem, igualmente, participação de 10% num consórcio de exploração de gás natural na Área 4 do Rovuma, na região Norte de Moçambique.
Com uma participação de 70%, a moçambicana Rovuma Venture, constituída pela Exxon Mobil Corp, pela italiana ENI e pela China National Petroleum Corporation (CNPC), é a principal accionista do projecto.
A Kogas da Coreia e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique ENH dividem os outros 30% das acções.