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Ruanda comanda em África no clima de negócios. Angola fora da lista do Banco Mundial

Victória Maviluka
8/10/2024
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Foto:
DR

Relatório Business Ready, que sucede ao projecto Doing Business, reflecte uma abordagem “mais equilibrada e transparente” para avaliar o clima de negócios e de investimento.

Business Ready é o novo relatório do Banco Mundial sobre ambiente de negócios. O documento, que sucede ao famoso Doing Business, coloca o Ruanda ao lado de países como Singapura em termos de níveis de atractividade para investimentos. Angola não faz parte da lista.

No total, a primeira edição do também designado ‘B-Ready’ avalia 50 economias mundiais, 15 das quais africanas. O Ruanda obtém a melhor pontuação entre os países africanos: 72,67, o que o coloca em 17.º lugar da classificação geral.

Além do Ruanda e da Singapura, constam ainda do nível superior a Croácia e a Hungria. Dois outros países africanos aparecem no segundo nível: Ilhas Maurícias e Marrocos, ao lado da Nova Zelândia, Portugal, Vietname. Chade, Gâmbia e Serra Leoa estão no nível inferior.

Nesta primeira edição, o estudo selecciona um número reduzido de países. Mas o objectivo, segundo o marroquino Le360, é abranger 180 países em 2026, tornando-se, assim, numa ferramenta de referência global para o ambiente de negócios e comparação entre países.

Após o anúncio da cessação, em Setembro de 2021, da publicação do seu relatório sobre o clima de negócios, mais conhecido como Doing Business, na sequência da descoberta de irregularidades nos dados das edições de 2018 e 2020, o Banco Mundial decidiu promover o papel do sector privado no desenvolvimento, e ajudar as autoridades públicas a conceber ambientes de negócios que apoiem este papel.

De acordo com o BM, o relatório Business Ready reflecte uma abordagem “mais equilibrada e transparente” para avaliar o clima de negócios e de investimento e “ajuda a identificar” áreas para melhoria e encorajar reformas. 

Assim, enquanto o Doing Business se centrava na avaliação do ambiente de negócios para as pequenas e médias empresas, o ‘B-Ready’ visa o desenvolvimento do sector privado como um todo.

De acordo com o novo relatório, embora as economias ricas ofereçam geralmente ambientes mais favoráveis ​​aos negócios, as economias de rendimento baixo e médio também podem criar ambientes favoráveis ​​ao investimento.

Para este estudo, o Business Ready baseou-se em três pilares fundamentais, sendo o primeiro o quadro regulamentar, ou seja, as regras e regulamentos que as empresas devem seguir quando abrem, operam (ou crescem) e fecham (ou se reorganizam). 

Em seguida, são analisados os serviços públicos, incluindo as instalações que os governos fornecem para apoiar o cumprimento dos regulamentos, bem como as instituições e infra-estruturas que permitem actividades empresariais. 

Por último, a pesquisa valoriza a eficiência operacional do sistema que reflecte a facilidade do cumprimento do quadro regulamentar e a utilização eficiente dos serviços públicos directamente pelas empresas.