3
1
PATROCINADO

Zizi, a gorila aguardada no Maiombe após resgate em Moçambique e viagem em cabine com a TAAG

Victória Maviluka
4/9/2024
1
2
Foto:
Cedida pela fonte

Bebé gorila está em recuperação num centro de reabilitação de chimpanzés do Congo, de onde deve partir, nos próximos 12 meses, para ser libertada na densa floresta do Maiombe.

Zizi é como foi apelidada uma gorila que está no centro de uma odisseia na qual acabaram envolvidas, entre outras instituições, organizações ligadas à defesa do meio ambiente de três países da África Austral: Moçambique, Angola e República do Congo; mas, também, uma companhia aérea, a TAAG.

A história tem a génese em Moçambique, país de cujas autoridades interceptaram, em Julho último, um intermediário que procurava por clientes para um negócio que envolvia, justamente, a gorila de pouco menos de um ano.

Daí para frente, abriu-se, então, um movimento de causa ambiental, que desembocou numa história emocionante, à qual a TAAG, Linhas Aéreas de Angola, acabou, igualmente, associada.

Zizi recupera no Centro de Reabilitação de Chimpanzés de Tchimpounga do Congo

Dada a falta de santuário de primatas em Moçambique, observa uma nota chegada à redacção da revista Economia & Mercado, Angola, através da sua gigante floresta do Maiombe, conhecida por ser, também, habitat natural de primatas, ficou, por conseguinte, indicada como a mais séria candidata para acolher o animal.

E como fazer chegar a gorila à densa floresta do Maiombe, em Cabinda? A vez da TAAG: longe de ser acomodada num porão, Zizi fez um trajecto internacional como que ‘passageira VIP’, ao viajar em plena cabine de uma aeronave da companhia de bandeira angolana.

Maputo-Luanda, mas, posteriormente, Luanda-Cabinda. Já na terra do petróleo, mas, também, da segunda maior floresta do mundo, a gorila fez outra viagem, desta vez, por terra, entre Cabinda e o Congo Brazzaville.

O Centro de Reabilitação de Chimpanzés de Tchimpounga, no Congo, foi o destino… provisório. É lá que Zizi se encontra para a devida recuperação da sua robustez física, porquanto, como conta, em exclusivo à E&M, o ambientalista Vladimir Russo, o animal perdeu a mãe, pelo que há que ultrapassar os “sinais evidentes de trauma físico e psicológico”.

Do conhecido membro da Fundação Kissama, também ele com ‘mãos’ nesta história de resgate, chegam boas notícias sobre a recuperação do animal: “Desde o seu resgate, Zizi tem estado estável, a comer adequadamente e a mostrar uma grande energia”.

Descreve que este “progresso tem sido inspirador”, perspectivando-se que, dentro de pelo menos mais 12 meses, a gorila esteja “adaptada e com resistência suficiente” para ser, finalmente, libertada na natureza, especificamente na floresta do Maiombe, onde é aguardada.

É isso, aliás, que esperam, expectantes, organizações como Mozambique Wildlife Alliance (MWA), Pan African Sanctuary Alliance (PASA), Centro de Reabilitação de Chimpanzés de Tchimpounga, Fundação Kissama de Angola e Instituto angolano da Biodiversidade e Áreas de Conservação para encerrarem, definitivamente com sucesso, esta odisseia à volta de Zizi.