Angola não integra o grupo dos 10 países menos corruptos de África. Entretanto, o País fica de fora da lista dos cinco Estados mais corruptos do continente, segundo o mais recente relatório da Trace.

Na classificação, referente a 2023, a associação comercial internacional sem fins lucrativos, dedicada à promoção da transparência, as Ilhas Seychelles, no 44.º lugar a nível global, aparecem à frente entre os países africanos com melhor índice de transparência e legalidade, particularmente no sector comercial.

Cabo Verde, na 62.ª posição mundial e 3.ª no continente, é o único país de expressão portuguesa que integra o ‘top 10’ dos Estados africanos menos corruptos, de acordo com o estudo, citado pelo marroquino Le360.

À frente dos cabo-verdianos está a África do Sul, que ocupa o 56.º posto a nível global, na 2.ª posição no continente. Além dos sul-africanos, a SADC põe mais quatro países nesta classificação: o Lesoto, no 4.º lugar em África (65.º no mundo); o Botswana, na 5.ª posição (73.ª); a Namíbia, 6.ª classificada (74.ª) e as Ilhas Maurícias, no 7.º lugar no continente e 80.º a nível global.

No sentido contrário, países conhecidos pelo poderio em termos de recursos minerais ocupam os lugares mais corruptos no mundo, numa classificação composta por 194 territórios, regiões autónomas e semi-autónomas.

Em África, esta lista é comandada pela Guiné Equatorial, que ocupa a 191.ª posição mundial, seguida pelo Sudão do Sul (189.º), República do Congo (187.º), Chade (186.º) e República Democrática do Congo, no 185.º lugar entre os países mais corruptos a nível global.

A classificação da Trace baseia-se em quatro áreas: interacção empresarial com o governo, dissuasão e repressão da corrupção, transparência do governo e da função pública e capacidade de supervisão da sociedade civil.

Fora de África, os países nórdicos estão entre os Estados com menos corrupção no sector do comércio. Noruega, Nova Zelândia, Suíça, Suécia e Dinamarca ocupam, nesta ordem, o ‘top 5’ dos países do mundo onde este flagelo é mais baixo.

No final da classificação, a Síria (192.º), o Turquemenistão (193.º) e a Coreia do Norte (194.º) ocupam as posições mais baixas e são os países com maior índice de corrupção, refere o estudo da Trace.