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África do Sul comanda comércio intra-africano. Angola ausente do ‘ranking 10’

Victória Maviluka
5/7/2024
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Foto:
DR

Posição deve-se à diversidade das exportações sul-africanas em África, dominadas por máquinas, veículos, produtos petrolíferos, pedras preciosas e equipamentos industriais.

A África do Sul comandou a lista dos 10 países que tiveram maior influência no comércio intra-africano em 2023, numa lista sem a presença de Angola, uma das principais economias africanas, sobretudo, na zona Austral do continente.

O Banco Africano de Importação-Exportação (Afreximbank), autor do relatório, observa que, apesar da turbulência global, o comércio intra-africano demonstrou uma resiliência notável em 2023, atingindo 192,2 mil milhões de dólares, um crescimento de 3,2% em comparação com a impressionante taxa de crescimento de 10,9% em 2022. 

A percentagem do comércio intra-africano no comércio geral africano atingiu 14,9% em 2023, uma melhoria face aos 13,6% alcançados em 2022. 

Dez países destacam-se como os principais impulsionadores desta dinâmica intra-africana em 2023: África do Sul, Côte d’Ivoire, Egipto, Nigéria, Zimbabwe, Mali, Ghana, Zâmbia, República Democrática do Congo (RDC) e Namíbia, representando quase três quartos do comércio intra-africano total.

Com 39,2 mil milhões de dólares em comércio intra-africano no ano passado, ou 20,4% do total, a África do Sul confirma o seu estatuto de principal parceiro comercial regional. 

Esta posição, segundo a pesquisa citada pelo portal Le360, é explicada pela diversidade das suas exportações para o continente, dominadas por máquinas, veículos, produtos petrolíferos, pedras preciosas e equipamentos industriais.

Em troca, o país da África Austral importa massivamente hidrocarbonetos, especialmente da Nigéria, o seu principal fornecedor de petróleo bruto. 

Os países vizinhos como Moçambique, Botswana e Zimbabwe também são parceiros importantes, exportando nomeadamente produtos mineiros, agrícolas e agro-alimentares para a África do Sul.