As receitas brutas resultantes da comercialização de diamantes em Angola fixaram-se nos 608,84 milhões de dólares, informou a Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola (ENDIAMA).

Segundo o relatório sobre as actividades da empresa diamantífera nos primeiros seis meses deste ano, foram comercializados, nesse período, 3,18 milhões de quilates, a um preço médio de 191 dólares por quilate.

O documento, a que a revista Economia & Mercado teve acesso, reporta que as contribuições fiscais do sector “registaram um acréscimo de 3% face ao período homólogo, com um total de 45,55 milhões USD arrecadados em royalties e impostos”.

Quarto maior produtor de diamantes brutos no mundo, o País registou, no primeiro semestre de 2024, uma produção de 5,6 milhões de quilates, um aumento de 36% comparativamente ao período homólogo de 2023 (4,1 milhões de quilates).

Apesar deste aumento, a produção registada entre Janeiro e Junho deste ano esteve 20% abaixo das metas estabelecidas no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), fixando-se nos 6,98 milhões de quilates.

“No contexto de elevada instabilidade do mercado, o sector de diamantes de Angola tem demonstrado resiliência, procurando adaptar-se às condições do mercado e manter a sua posição competitiva no cenário global”, lê-se no relatório.

Com uma produção industrial de 9,8 milhões de quilates em 2023, Angola ocupa o quarto lugar entre os maiores produtores de diamantes brutos a nível global. 

Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié, Cuanza-Sul e Malanje são as províncias produtoras de diamantes, um sector que conta com 22.927 colaboradores, 18.316 directos e 4.611 indirectos.