3
1
PATROCINADO

Corredor do Lobito ‘chama’ por Biden. Angola aguarda primeira visita de um Presidente americano

Victória Maviluka
16/9/2024
1
2
Foto:
DR

Casa Branca não comentou nem a notícia dos planos nem a possibilidade da viagem a Angola - seria, igualmente, a primeira deslocação de Biden à África.

A importância estratégica do Corredor do Lobito para os interesses norte-americanos é apontada como uma das principais motivações de uma possível deslocação de Joe Biden a Angola nas próximas semanas. A acontecer, será a primeira visita de um Presidente norte-americano ao País.

Os Estados Unidos têm estado a investir em particular na ligação por via férrea da República Democrática do Congo ao Porto do Lobito, em Benguela, para evitar congestionamentos na rota da exploração das minas de cobre e de cobalto.

Segundo a Reuters, que avançou a notícia da vinda de Biden a Angola, os pormenores desta deslocação, prometida pelo Presidente norte-americano durante a recepção, em Novembro de 2023, a João Lourenço na Casa Branca, estão ainda a ser ultimados.

Esta visita, de acordo ainda com fontes da agência britânica, deverá ocorrer nas semanas após a Assembleia Geral das Nações Unidas se reunir, entre 22 e 23 de Setembro, e antes das eleições presidenciais de 5 de Novembro.

Entretanto, a Casa Branca não comentou nem a notícia dos planos nem a possibilidade da viagem a Angola - seria, igualmente, a primeira deslocação de Joe Biden à África.

O Corredor do Lobito, uma rota comercial alternativa para a importação e exportação entre o Cinturão de Cobre Africano e a costa atlântica de Angola, está a tornar-se rapidamente uma das mais importantes no escoamento de minérios e produtos africanos.

O corredor é operado pelo consórcio Lobito Atlantic Railway, constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, que obteve em 2022 a concessão por 30 anos para a operação, gestão e manutenção do Corredor do Lobito e do Terminal Mineraleiro do Porto do Lobito.

O interesse no projecto é, sobretudo, ocidental, para contrariar, ou no mínimo controlar, os interesses de Pequim em África, lê-se num artigo da RTP.