3
1
PATROCINADO

Angola produz 50 mil toneladas de arroz/ano e quer “rapidamente chegar” a 300 mil - Massano

Victória Maviluka
15/7/2024
1
2
Foto:
Carlos Aguiar

Ministro de Estado para a Coordenação Económica diz que volume de importações “tem estado a cair”, o que prova a existência no País de mercado para a produção nacional.

O Executivo sublinha os avanços que o País está a dar quanto à produção de arroz, mas sabe da distância que tem de percorrer para chegar à auto-sufiência neste importante produto da dieta dos angolanos: sair da actual produção de 50 mil toneladas por ano para 300 mil, como especificou José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica.

“Em relação à produção de arroz: o País, há dois anos, praticamente não tinha produção de arroz; estamos a produzir cerca de 50 mil toneladas de arroz, o que também é um salto grande, mas nós temos de rapidamente chegar às 300 mil toneladas”, referiu o governante.

Em declarações esta segunda-feira, 15, à RNA, Massano observou que existem outras necessidades, como o sector da carne de frango, que regista “também outro movimento interessante”, com a produção actual a fixar-se em cerca de 50 mil toneladas/ano, longe, entretanto, das necessidades que rondam “pouco mais de 350, 400 mil toneladas”.
“Há um movimento bem interessante: a carne bovina, caprina (...), com projectos que, num curto prazo, vão, de facto, ser transformadores”, prometeu o homem que coordena a política económica do País.

Em face deste quadro, José de Lima Massano assegurou que o volume de importações “tem estado a cair”, o que é “um sinal positivo” sobre a existência de espaço no mercado nacional para quem produz no País.

Destacou a possibilidade de o Executivo lançar mão à Reserva Estratégica Alimentar para assegurar os interesses dos produtores nacionais: “Portanto, a família que produzia apenas para subsistência passa a ter excedente que, do ponto de vista comercial, tem espaço, estamos a incluir estas famílias”.

Massano garantiu que a maioria dos bancos comerciais poderá conceder crédito agrícola de campanha, tendo o mesmo benefício que se atribuía ao crédito concedido à luz do aviso n.º 10, do Banco Nacional de Angola (BNA).

“Ou seja, parte das reservas obrigatórias passam a ser deduzidas, permitindo que aqueles recursos que ficavam oficiosos junto do banco e que não eram remunerados sejam colocados ao serviço da economia, e os bancos também terem remuneração. Portanto, estamos com uma solução mais completa, comparativamente àquela que trazíamos o ano passado”, sublinhou.

Garantias para produtores nacionais

O ministro de Estado para a Coordenação Económica destacou, igualmente, a existência de um sistema de garantias ao dispor da produção nacional, por via do Fundo de Garantias de Crédito (FGC), do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).

“Instituímos um sistema de garantias soberanas que vão apoiar os produtores na agricultura, na pecuária, na indústria transformadora, portanto, uma solução financeira complementar para que mais créditos possam ser concedidos e em condições também mais favoráveis”, finalizou José de Lima Massano.