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Antoinette Sayeh com dias contados para encerrar funções no FMI

Sebastião Garricha
19/7/2024
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Foto:
DR

Nascida a 12 de Julho de 1958, Antoinette Sayeh é mais conhecida por sua defesa incansável a favor dos membros de baixa renda, frágeis e afectados por conflitos.

Citada numa matéria da E&M, sobre os cinco africanos presentes na liderança das principais organizações mundiais, Antoniette Monsio Sayeh, liberiana de 66 anos, encerra funções de vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) no dia 12 de Setembro deste ano.

A informação foi actualizada pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que decreveu a líder africana como um pilar da equipe de liderança do FMI.
"Sua incrível experiência, profunda integridade e julgamento sábio foram inestimáveis para nós, e seu compromisso inabalável com nossa instituição foi verdadeiramente exemplar", disse Kristalina Georgieva, em um comunicado.

Além disso, diz que Antoniette representa o melhor de uma vida dedicada ao serviço público, apontando seu cuidado genuíno com o bem-estar das pessoas e sua capacidade de as colocar à frente e no centro do trabalho da organização internacional. 

“Esse cuidado e preocupação também foi estendida à equipe do Fundo, para quem ela tem sido mentora, conselheira e coach para muitos", acrescentou Georgieva.

Durante seu mandato à frente do FMI, a líder africana supervisionou várias iniciativas vitais de operações, políticas e prioridades corporativas, baseando-se no seu profundo conhecimento da instituição.

Nascida a 12 de Julho de 1958, em Monróvia, Libéria, Antoinette Sayeh é mais conhecida por sua defesa incansável de membros de baixa renda e frágeis e afectados por conflitos do FMI, a maioria dos quais domiciliada em África.

Seu trabalho com FMI a levou a actuar como directora do Departamento Africano entre 2008 e 2016, uma tarefa histórica, já que ela foi a primeira mulher a liderar um departamento regional daquela organização internacional.

Durante esse período, Antoinette Sayeh trouxe uma profunda compreensão dos desafios enfrentados pela região e liderou uma grande transformação no relacionamento da instituição com seus países membros na África Subsaariana.

Uma das suas contribuições destacadas para as reformas na instituição de Bretton Woods foram as políticas do FMI sobre financiamento concessional, dívida e desenvolvimento de capacidades. 

"Ela foi uma forte defensora de mudanças que permitiram ao FMI fornecer financiamento de emergência e alívio da dívida aos três países africanos atingidos pela crise do ebola em 2014", observou o FMI em uma atualização de media.

Entretanto, antes de assumir o cargo de vice-diretora-gerente do FMI, Antoinette Sayeh foi Distinguished Visiting Fellow no Centro para o Desenvolvimento Global de 2016 a 2020, além de actuar como copresidente externa para o 19.º Reabastecimento da Associação Internacional de Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial.

Anteriormente, como Ministra das Finanças na Libéria pós-conflito, de Janeiro de 2006 a Junho de 2008, Antoniette liderou o país da África Ocidental através da compensação da sua dívida multilateral de longa data em atraso e do ponto de decisão PPAE.

Antes de se tornar a primeira mulher eleita chefe de Estado na África, Antoinette Sayeh teve uma carreira estelar, trabalhando para o Grupo Banco Mundial por 17 anos, ocupando vários cargos seniores. 

Os dados indicam que a líder africana também trabalhou nos Ministérios das Finanças e do Planeamento da Libéria.