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Biden não é o primeiro a recusar reeleição. Registos foram desastrosos para democratas

Victória Maviluka
22/7/2024
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Foto:
DR

Embora as circunstâncias sejam diferentes das de Joe Biden, em ambos os casos históricos os democratas perderam a eleição presidencial.

Joe Biden, 81 anos, anunciou, neste domingo, 21, que abandonaria a disputa eleitoral. Esta não é a primeira recusa de um presidente democrata de concorrer a outro mandato na Casa Branca. Entretanto, os registos mostram que, das vezes que isso aconteceu, os democratas foram derrotados nas eleições. 

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, outros dois — Harry Truman e Lyndon Baines Johnson — decidiram sair e não tentar a reeleição, recorda o The Times na sua edição desta segunda-feira, 22.

Truman anunciou, em Março de 1952, que não concorreria novamente em meio à queda nos índices de aprovação e à insatisfação generalizada com o envolvimento dos EUA na Guerra da Coreia.

Em Março de 1968, Johnson disse aos americanos, durante o auge da Guerra do Vietname, num discurso de rádio, que não aceitaria a indicação do seu partido para a reeleição.

Embora as circunstâncias sejam diferentes das de Biden, em ambos os casos os democratas perderam a eleição presidencial. Em 1952, Dwight Eisenhower venceu a eleição e, em 1968, Richard Nixon pelos republicanos.

Após Joe Biden anunciar a desistência das eleições de Novembro próximo, Kamala Harris, 59 anos, vice-presidente dos Estados Unidos, recebeu apoio de muitos democratas para avançar.

Apesar de muitos democratas terem manifestado apoio a Kamala Harris, alguns membros poderosos do partido, incluindo Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes, e Barack Obama, permaneceram em silêncio.

Tanto Pelosi quanto Obama agradeceram ao Presidente Joe Biden pelo seu “patriotismo”, mas não demonstraram qualquer apoio a Harris.

“Tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual emergirá um candidato extraordinário”, disse Obama.

Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, também não fez nenhum comentário sobre quem deveria ser o indicado pelos democratas.