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Carlos Cunha, uma ‘voz autorizada’ para falar sobre as transformações que se deram na economia nacional

Sebastião Garricha
26/6/2024
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Foto:
Andrade Lino

Além de descrever fases da economia nacional, o empresário faz ‘comparação’ entre a antiga e actual liderança do País, denuncia ‘inconsistências’ e propõe soluções.

O entrevistado do oitavo episódio do “Conversas E&M 25 anos” é o respeitado empresário Carlos Cunha, uma ‘voz autorizada’ para falar sobre as várias transformações que se deram na economia nacional.

Carlos Cunho é player do sector da agricultura há 20 anos, mas entrou no ramo empresarial desde mais cedo, ainda no período da guerra civil, quando criou, juntamente com a Teixeira Duarte, o supermercado Maxi, então ‘maior’ distribuidor de alimentos do País.

Aceitou o desafio de ser um dos entrevistados do “Conversas E&M 25 anos”. Durante aproximadamente duas horas, sem receios, Carlos Cunha faz leitura dos diferentes cenários e fases da economia nacional, aponta críticas e propõe estratégias para se contornar uma situação que caracteriza como "menos boa".

Para o empresário, a economia do País conheceu três fases distintas, sendo a primeira, no período da guerra guerra civil, marcada por um grande investimento bélico e dificuldade de expansão. 

A segunda, continua, foi marcada pelo “boom" do sector empresarial no País (2002-2014), com a economia a crescer dois dígitos, contribuindo para o aumento da liquidez e para o "momento da esperança que se abateu sobre todos os investidores internos e externos". 

De acordo com o empresário, foi um período de encanto, onde se gastou mais, se fez más opções, maus negócios e se agigantou o papel da corrupção, reduzindo “a eficácia de se fazer as coisas”.

“A fartura é normalmente um mau indicador. Houve fartura e atrás implantaram-se uma série de procedimentos irregulares que estamos a pagar hoje. Aumentamos a dívida externa e concebemos uma economia muito à volta do ‘petrodólar’ (petróleo e dólar), da importação e olhou-se pouco para dentro”, explica.

Entretanto, além de descrever fases, o empresário faz ‘comparação’ entre a antiga e actual liderança do País, denuncia ‘inconsistências’ e aponta caminhos para se ‘esquivar’ o "dilema’ em que está a economia nacional".

Por exemplo, diz que o País tem uma liderança diferente e inovadora, que enfrenta desafios complicados. Para exemplificar, sublinha que em 10 anos as receitas do País reduziram, enquanto a população cresceu de 24 para 34 milhões e a viver com um Produto Interno Bruto (PIB) quase igual a um terço do que se tinha em 2014.

“Há princípios implantados que provocaram algumas interrupções de algumas práticas do passado. Mas uma nação não se faz com o líder ou com uma dúzia de líderes, faz-se com todos os filhos. Nós somos 34 milhões e há práticas que não basta que uma dúzia de pessoas mude”, explica.

Quanto às estratégias para se ‘esquivar’ o actual cenário da economia nacional, Carlos Cunha sugere a redução das despesas públicas e o aumento dos investimentos na produção. 

“Temos que converter o nosso dinheiro em fêmea. O nosso dinheiro não pode ser macho, tem que se transformar em dinheiro produtivo. Se eu colocar mais dinheiro na agricultura, mais dinheiro nas pescas e mais dinheiro na indústria, eu vou provocar um aumento da verba”, explica.

Assista a toda a Conversas E&M 25 anos Aqui