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Investimento do BAI em dívida pública aumenta 6% no primeiro trimestre

Fernando Baxi
23/7/2024
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Apesar de se ter verificado um incremento de, aproximadamente, 6%, houve uma redução de quase dois pontos percentuais do peso da dívida pública no balanço.

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) registou um aumento de, aproximadamente, 6% na aplicação em títulos e valores mobiliários no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023, concluiu a E&M, após análise da informação financeira daquela instituição bancária.

No primeiro trimestre de 2023, o investimento em títulos da dívida pública estava orçado em pelo menos 1,53 bilião de Kwanzas. Nos três primeiros meses do presente exercício económico o montante passou para quase 1,61 biliões Kz, o que expressa um aumento de pelo menos 88 mil milhões Kz.

Apesar de se ter verificado um incremento de, aproximadamente, 6%, houve uma redução de quase dois pontos percentuais do peso da dívida pública no balanço do BAI. No primeiro trimestre de 2023, os títulos e valores mobiliários representavam perto de 38% e em 2024 (no mesmo período) 36%.

Embora se tenha verificado uma (ligeira) redução do peso da dívida no balanço, o BAI financiou mais o Estado, em relação ao sector privado, visto que o rácio de transformação de depósito em crédito ficou perto dos 13%. A taxa mínima recomendada pelo Banco Nacional de Angola (BNA) é de 25%.

A taxa de transformação dos depósitos em títulos e valores mobiliários, no primeiro trimestre do presente ano, fixou-se em 43%. O indicador ilustra, uma vez mais, a tendência daquela instituição bancária em fazer negócio com o Estado, ‘penalizando’ o sector empresarial , tido como motor da economia.

Ainda no primeiro trimestre, de acordo com os cálculos da E&M,o BAI obteve um resultado líquido de pelo menos 34,5 mil milhões Kz, o que corresponde a uma diminuição de, aproximadamente, 60% face ao período homólogo, cujo lucro foi de quase 48 mil milhões Kz.

Também se verificou um aumento de quase 40% do activo, ao passar de 3,2 biliões Kz ( primeiro trimestre de 2023) para 4,5 biliões (primeiro trimestre de 2024). A carteira de crédito cresceu 15%, em relação ao período homólogo.