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Operadores privados de Saúde fazem ‘raio-x’ aos desafios para melhoria do atendimento

Victória Maviluka
18/3/2024
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Foto:
Isidoro Suka

Migração para a tecnologia, regulação do sector e acesso às divisas dominaram a segunda edição do ‘Business and Breakfast’, iniciativa da revista Economia & Mercado.

Operadores do sector privado da Saúde no País reuniram-se, nesta sexta-feira, em Luanda, para elencar os pontos críticos no atendimento prestado a clientes/pacientes e melhorar a satisfação pelos serviços de Saúde a vários níveis.

‘Inovando a Jornada do Paciente: Estratégias para Melhorar o Atendimento no Sector da Saúde’ foi o tema que congregou, à mesma mesa, na segunda edição do ‘Business and Breakfast’, de iniciativa da revista Economia & Mercado, responsáveis de clínicas, seguradoras, farmácias, consultores e outros players do segmento da Saúde em Angola.

O debate produziu consensos quanto à necessidade de os serviços de Saúde no País continuarem a marcar passos na trajectória (ainda embrionária) da aplicação das tecnologias de informação para a elevação da qualidade dos serviços junto dos destinatários, não obstante a persitência de registos de alguns entraves nesta migração.

Há 33 anos a actuar na área de tecnologia hospitalar, cinco dos quais em Angola, o brasileiro Alberto Limp, discorrendo sobre o tema ‘Jornada de Inovação do Paciente em Angola’, disse que a tecnologia na Saúde é “crucial”, porquanto exerce um “impacto enorme” na forma como as doenças são diagnosticadas, tratadas e acompanhadas, bem como na gestão dos cuidados de Saúde e no monitoramento dos pacientes.

Mais reservado, Manuel Leite Cruzeiro, médico pediatra angolano, alertou para a necessidade de a migração do papel para a tecnologia nos procedimentos e protocolos dos serviços de Saúde ser feita após um trabalho sólido na vertente humana.

“A tecnologia não funciona, você primeiro tem que trabalhar o humano (...) Se o humano não tiver vontade de querer fazer, não se fala de tecnologia. Depois, não falem de tecnologia complicada”, atirou, suscitando várias intervenções.

Alexsandro Silva, consultor especialista do sector da Saúde da TIS, que desenvolveu o tema ‘Jornada do Paciente x Ferramentas’, em resposta à ‘provocação’ do médico pediatra, afirmou, optimista, que, em Angola, a marcha pela implantação da tecnologia nos serviços sanitários está a dar passos.

“No Josina Machel, está a funcionar, no Américo, está a funcionar (...) O facto é que, independentemente de que área você esteja, a tecnologia deve ser utilizada para melhorar (...) Se você quiser melhorar sem tecnologia, desculpe, você não consegue”, declarou o consultor.

Questões ligadas à regulação e ao acesso às divisas nos serviços de Saúde, mormente no segmento farmacêutico, saltaram, igualmente, à vista na segunda edição do ‘Business and Breakfast’. 

Acompanhe mais detalhes sobre o evento na edição de Abril da revista Economia & Mercado…