O sector das Pescas contribuiu com 14% nas exportações do segmento não-petrolífero em 2023, informou, nesta quarta-feira, 17, em Luanda, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Cármen do Sacramento Neto.

“No último ano, nas exportações do sector não-petrolífero, o sector das Pescas está em 3.º lugar, ou seja, trazendo uns módicos 14% de exportação do pescado, com uma commodity muito grande, que são os crustáceos, e com o resto associado ao peixe”, disse a governante, quando discursava no encerramento da IV edição da conferência Economia Azul, decorrida sob o lema ‘Avaliação da Estratégia Nacional para o Mar, dois anos depois’.

No evento, de iniciativa da revista Economia & Mercado, Cármen do Sacramento Neto observou que essa exportação, no entanto, remete para um dilema: “Porque ela tanto nos dá os dólares, mas que, por outro lado, nos diz que, em Angola, ainda não atingimos esta capacidade de fornecer o pescado a toda a população”.

A titular das Pescas e Recursos Marinhos apelou, por isso, que se use esta construção de memória no sentido de todos os operadores do sector ‘arregaçarem as mangas’, contribuindo cada um segundo a sua vocação.

“E as Pescas assim o farão, com espectro muito importante de fomentar a aquicultura, a maricultura, por exemplo, que é um sector que, mundialmente, nos é apelativo (...) e que, hoje em dia, já há um epíteto também: não vale dizer só aquicultura, tem que se dizer aquicultura sustentável, maricultura sustentável”, alertou a governante.