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TotalEnergies planeia ‘abrir mão’ da exploração de gás offshore na África do Sul e mudar foco para perto da Namíbia

Sebastião Garricha
3/7/2024
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Foto:
DR

Analistas entendem que uma saída dessas descobertas seria um revés para a África do Sul, “que carece de fontes domésticas de petróleo e gás”.

Depois de já ter anunciado, no início deste ano, planos para sair das operações de petróleo onshore na Nigéria, que responde por 8% a 10% da produção total mundial da empresa e mais de 18% do seu investimento global, a TotalEnergies planeja abrir mão da licença do Bloco 11B/12B, na costa da África do Sul.

Segundo informações publicadas hoje, quarta-feira, 3 de Junho, pela Business, a decisão da gigante francesa surge devido a dúvidas sobre a viabilidade comercial da descoberta complexa em águas profundas, dado o pequeno mercado de gás da África do Sul.

Em vez disso, a empresa se concentrará na exploração da Bacia Orange, localizada mais ao norte na costa atlântica da África do Sul, perto de descobertas promissoras de petróleo em águas da Namíbia.

Analista da Business Insider entendem que uma saída dessas descobertas seria um revés para a África do Sul, “que carece de fontes domésticas de petróleo e gás”.

A produção potencial desses campos havia sido planejada para ajudar o país a reduzir sua dependência do carvão e fornecer matéria-prima para a usina de gás para líquidos de 45.000 barris por dia da PetroSA, que actualmente depende de outros campos esgotados nas proximidades.

Dados da Bloomberg dizem que a gigante francesa enfrentou uma das correntes oceânicas mais rápidas do mundo para perfurar a costa da África do Sul, investindo pelo menos 400 milhões de dólares para descobrir cerca de 1 bilhão de barris equivalentes a hidrocarbonetos líquidos leves no campo de Brulpadda em 2019.