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Turismo: África Subsaariana entre as regiões com melhor impacto socioeconómico do mundo

Sebastião Garricha
1/7/2024
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Foto:
DR

De acordo com o Travel & Tourism Development Index, a região também regista bons desempenhos noutros indicadores, tais como as condições naturais para o turismo e a competitividade dos preços.

A África Subsaariana foi apontada como a região que registou a melhoria mais significativa face ao relatório anterior (aumento de 2,1%, conseguindo colocar sete países no top 100 mundial) e a que obteve a pontuação mais elevada no subcritério do “Impacto Socioeconómico do Turismo”, de acordo com o mais recente relatório publicado pelo Travel & Tourism Development Index.

Segundo o documento, a razão é que o sector turístico na África Subsaariana gera, em média, mais 21% de postos de trabalho do que as outras regiões do globo, destacando-se as “excelentes pontuações” do Botsuana (1.º do mundo), Quénia (3.º) e Angola (6.º) neste indicador.

De acordo com os dados do relatório citado pelo Diário Económico, a região também regista bons desempenhos noutros indicadores, tais como as condições naturais para o turismo e a competitividade dos preços. Os pontos negativos são a qualidade das infra-estruturas (caso das conexões aeroportuárias e telecomunicações), as unidades de saúde, as condições de segurança e a qualificação dos recursos humanos.

Por países, o relatório do Travel & Tourism Development Index diz que África do Sul é o melhor classificado no ranking regional, sendo também o país que atrai mais turistas (mais de 5 milhões), além de gerar mais receitas (mais de 4 mil milhões de dólares), seguido pelas Maurícias, Botsuana, Quénia e Tanzânia, respectivamente.

Segundo o documento, Marrocos passa a liderar no número de entradas de turistas internacionais (mais de 10 milhões), se alargar a análise ao continente todo, seguido pela Tunísia (mais de 6 milhões). 

Contudo, entre os países falantes da língua portuguesa, Portugal ocupa o 12.º, mais notável que o 26.º de Brasil e o 116.º de Angola.

Por regiões, as economias turísticas mais prósperas, ou seja, as que oferecem as condições mais favoráveis ao desenvolvimento do sector são as da Europa (com seis países no top 10) e as da Ásia-Pacífico.

O ranking é liderado pelos Estados Unidos, Espanha, Japão, França e Austrália. “Mas se considerássemos apenas o número de turistas, a lista passaria a ser liderada pela França, Espanha, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. Entre as maiores subidas, destacam-se dois países do Golfo Pérsico, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos e quatro nações africanas, como a Costa do Marfim, Tanzânia, Egipto e Nigéria”, lê-se.

Publicada pelo Fórum Económico Mundial, “o maior indicador de referência para medir o desempenho do sector turístico no continente”, a análise é baseada em cinco grandes dimensões, nomeadamente: a existência de um ambiente favorável ao turismo (negócios, segurança, saúde, tecnologia e telecomunicações, recursos humanos); o suporte político e económico (abertura do país ao exterior, competitividade dos preços); as infra-estruturas de apoio (aviação, portos, serviços); os recursos (naturais, de lazer, culturais); e, por fim, a sustentabilidade (protecção da natureza energia, poluição, etc).

Entretanto, este ano foram analisados 119 países e a classificação varia do 0 aos 7 (a pontuação máxima).