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Argélia e Nigéria integram ‘top 10’ dos principais importadores de açúcar no mundo

Victória Maviluka
3/6/2024
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Foto:
DR

Consumo de açúcar em África aumenta constantemente, impulsionado pelo crescimento populacional, pela rápida urbanização e pela mudança de hábitos alimentares.

A Argélia e a Nigéria integram o ‘top 10’ dos países que mais importam açúcar a nível global, refere estudo recente do World Markets and Trade.

De acordo com a pesquisa, a Argélia aparece no 8.º lugar no mundo entre os importadores de açúcar e o primeiro em África, com 1,942 milhões de toneladas importadas em 2023-24, com uma previsão de 1,945 milhão de toneladas para a temporada 2024-25. 

Apesar dos esforços para desenvolver a indústria local de beterraba, refere o estudo, a produção argelina permanece marginal, em comparação com o consumo interno apoiado pelo crescimento demográfico e pelo crescimento das indústrias agro-alimentares, sendo que esta dependência das importações afecta a balança comercial e a segurança alimentar do país.

Com 1,930 milhões de toneladas de açúcar importadas em 2023-24, a Nigéria ocupa a 9.ª posição entre os maiores importadores do mundo e a 2.ª posição no continente. 

No entanto, observa o World Markets and Trade, o país mais populoso de África tem um vasto potencial para o cultivo da cana-de-açúcar, particularmente nas regiões do Norte. No entanto, a falta de investimento, os desafios logísticos e a insegurança dificultam o desenvolvimento deste sector estratégico.

A Nigéria gasta, assim, milhares de milhões para importar um produto que poderia produzir localmente. As previsões apontam para importações de 1,820 milhões de toneladas para a campanha 2024/25.

Apesar do seu imenso potencial para a produção de cana-de-açúcar e de beterraba-sacarina, os países africanos continuam fortemente dependentes das importações de açúcar para satisfazer a crescente procura interna, afirma o estudo.

Confrontados com esta delicada equação entre produção limitada e consumo crescente, muitos países africanos apresentam “um défice comercial crónico”, descreve o World Markets and Trade.

Ao mesmo tempo, o consumo de açúcar em África aumenta constantemente, impulsionado pelo crescimento populacional, pela rápida urbanização e pela mudança de hábitos alimentares.