O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma subvenção de 17 milhões de dólares à República Islâmica da Mauritânia para implementar o projecto de Promoção de Cadeias de Valor Agrícolas Sensíveis ao Género e ao Empreendedorismo Feminino (PCVASGEF, na sigla em francês).

Segundo a Farmers Review Africa, o projecto será implementado em 12 distritos das regiões de Brakna e Trarza, que estão entre as mais vulneráveis da Mauritânia e onde a situação das mulheres é particularmente precária. 

Estima-se, segundo o relatório publicado, que o projecto chegue a beneficiar directamente até 22,2 mil famílias e terá impacto indirecto em quase 90 mil pessoas, ajudando a melhorar a segurança alimentar e a reforçar a resiliência dos agregados familiares, em particular das mulheres e dos jovens, através de sistemas de rega inovadores e eficientes, de uma maior utilização da energia solar, da transformação agrícola, do acesso aos mercados e da melhoria das cadeias de valor.

“O projecto criará novos lotes de jardinagem de mercado administrados por mulheres (1.014 hectares divididos em 321 pequenas parcelas modulares entre dois e quatro hectares cada), bem como 4.500 hectares de bacias de drenagem melhoradas”, lê-se.

O projecto é financiado no âmbito do Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP) e visa aumentar a produtividade e acrescentar valor aos produtos agrícolas para aumentar o rendimento das mulheres e apoiar o empreendedorismo feminino na Mauritânia. 

Faz parte do Programa de Apoio à Transformação Agrícola na Mauritânia, que trabalha para se adaptar às mudanças climáticas e promover a inclusão.

Segundo a Farmers, a carteira activa do Bank Group na Mauritânia agora inclui 20 operações com compromissos financeiros líquidos de 422 milhões de dólares.