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Companhias africanas necessitarão de 1.030 aviões até 2040

Victória Maviluka
11/7/2024
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Foto:
DR

Para trás ficam as peripécias impostas pela pandemia da Covid-19 às frotas das companhias aéreas africanas, que, como as do resto do mundo, registaram considerável paralisação.

As companhias aéreas africanas deverão adquirir, até 2040, mais de mil aeronaves para fazer face ao aumento do tráfego de passageiros e mercadorias no sector da aviação do continente nos próximos anos. 

Atentas ao futuro do sector, as companhias aéreas estão a lançar aquisições que confirmam dados da fabricante americana Boeing, segundo os quais as empresas do continente necessitarão de 1.030 novos aviões no período 2021-2040, avança um extenso dossiê publicado pelo marroquino Le360. 

Se algumas empresas têm bases sólidas para satisfazer as suas necessidades, outras contam com o apoio dos seus governos e/ou de parceiros de capital financeiramente sólidos com vista a redesenhar o mapa africano do transporte aéreo.

Para trás ficam as peripécias impostas pela Covid-19 às frotas das companhias aéreas africanas, que, como as do resto do mundo, ficaram paralisadas. 

O quadro resultante da crise pandémica fez com que muitas companhias africanas quebrassem contratos de aluguer de aeronaves, adiando encomendas e até vendendo parte das suas frotas a preços mais baixos. 

O único objectivo válido na altura, lê-se no artigo publicado nesta quinta-feira, 11, era reduzir ao máximo os custos, enquanto as perspectivas de recuperação do mercado aéreo só eram esperadas vários anos após a crise sanitária.

Contudo, observa o portal, a recuperação foi rápida e a procura global de aeronaves atingiu níveis quase sem precedentes. Entre a renovação de frotas envelhecidas, que se tornaram pouco rentáveis ​​devido ao excesso de combustível, que se tornou muito caro, e à manutenção exigida por aeronaves de uma certa idade, as companhias aéreas apostam agora em aeronaves da nova geração, desenvolvidas pelas fabricantes Boeing e Airbus. 

E as razões para a aposta em aeronaves das fabricantes americana e europeia são claras: esses aviões consomem menos combustível (entre 25 e 30% menos que os modelos antigos) e são mais confortáveis.

Além disso, muitas companhias aéreas africanas têm aeronaves antigas nas suas frotas e, portanto, são muito caras de operar e não oferecem melhores serviços de bordo, em comparação com aeronaves da nova geração (ligação wifi, ergonomia, mais espaço, tela individual, etc.). 

Uma situação que levou a um frenesim de encomendas de aeronaves de quase todas as companhias aéreas do mundo, que os dois principais fabricantes - Boeing e Airbus - lutam para satisfazer.

Ethiopian Airlines no comando

Atendendo às futuras exigências do mercado de aviação, a Ethiopian Airlines, líder no transporte aéreo em África, accionou já o seu plano Visão 2035. 

Com este programa, como avança o portal Le360, a transportadora etíope planeia aumentar a sua frota actual de 140 aeronaves para 271 aeronaves até 2035, quase duplicando a sua frota em 12 anos. 

A partir de 2035, a transportadora etíope planeia transportar 65 milhões de passageiros para 207 destinos, contra os actuais 135, o que a colocaria entre as maiores empresas do mundo em termos de rede de destinos.

Além da Ethiopian Airlines, companhias como o EgyptAir, South African Airlines, Royal Air Maroc, Kenya Airways têm, igualmente, em marcha planos ambiciosos de reforço de frotas para atender à previsão de aumento do tráfego de passageiros e mercadorias no sector de aviação no continente nos próximos anos.