Moçambique, Zimbabwe e Botswana estão a trabalhar num projecto de modernização do sistema ferroviário Beira-Zimbabwe-Botswana e a construção de um novo porto de minerais em águas profundas no Sul de Moçambique.

Esta iniciativa regional, segundo o New Zimbabwe, promete impulsionar o comércio e o desenvolvimento económico na região, particularmente nos sectores de mineração e transporte. 

O projecto permitirá o desenvolvimento de grandes reservas de carvão no Botswana, país sem litoral, e o seu transporte através do Zimbabwe para portos em Moçambique.

A linha ferroviária estender-se-á até ao centro do Botswana, conectando-se à infra-estrutura existente no Zimbabwe.

“Estamos a trabalhar com os nossos irmãos do Zimbabwe para que possamos ligar a linha de Machipanda ao Zimbabwe”, disse o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, acrescentando que novas discussões entre os três países envolvidos terão lugar “nas próximas semanas”.

Moçambique já concluiu a actualização da linha Beira-Machipanda, na fronteira com o Zimbabwe, sendo que o trabalho começou numa extensão de 10 quilómetros até Mutare, no Zimbabwe, acrescenta o portal de notícias zimbabweano. 

O projecto tripartido também inclui o desenvolvimento do porto de águas profundas em Matutuine, em Moçambique. Embora os planos para tal porto existam há décadas, observa o New Zimbabwe na sua edição desta quinta-feira, 11, espera-se que o projecto seja finalizado por meio de um acordo tripartido assinado esta semana.

O porto facilitaria o transporte de reservas de carvão do Botswana, país sem litoral, através do Zimbabwe, até portos em Moçambique, acrescenta o site de notícias consultado pela E&M.

Angola, RDC e Zâmbia, no Corredor do Lobito

No início do ano passado, Angola, República Democrática do Congo (RDC) e Zâmbia selaram, no Lobito, província de Benguela, litoral de Angola, um acordo tripartido histórico de criação da Agência para a Facilitação do Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito, cumprindo-se, assim, uma das metas de integração regional.

Os governos dos três países da região Austral acreditam que o impacto desta iniciativa terá para já maior incidência junto das populações que o corredor atravessa, sendo as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico (Angola); Kolwezi, Likasi ou Lubumbashi (RDC) e Solwezi, Kitwe ou Ndola, na Zâmbia.