O mercado das seguradoras em Moçambique movimentou mais de 331,9 milhões de dólares (pelo menos 21,4 mil milhões de meticais) em 2023, representando um crescimento de 2% se comparado com 2022, avançou Amílcar Tivane, vice-ministro da Economia e Finanças.

Intervindo durante a abertura da “Conferência Anual de Seguros”, Amílcar Tivane revelou que o sector segurador de Moçambique registou um crescimento assinalável, contando actualmente com 19 seguradoras, três micro-seguradoras, oito entidades gestoras de fundos de pensões, 158 corretoras e 31 agentes. 

Citado pelo Diário Económico, o governante aproveitou a ocasião para desafiar as seguradoras a criarem produtos acessíveis para as pessoas de renda reduzida e a introduzirem tecnologia avançada para alcançar novos mercados.

“É necessária a criação de produtos e serviços destinados à populações de baixa renda. Há que optimizar o advento das tecnologias de informação e comunicação para melhorar o acesso aos segmentos populacionais que estão em regiões mais recônditas e que contribuem grandemente para o Produto Interno Bruto (PIB) do País”, argumentou.

Além disso, aconselhou as seguradoras a ampliarem o seu espaço e a darem mais atenção às Pequenas e Médias Empresas (PME), bem como a trabalharem para melhorar a legislação no sentido de fazer face aos novos riscos, sobretudo os ligados às mudanças climáticas.

Também citada hoje, terça-feira, 4 de Julho, pelo Diário Económico, o presidente do Conselho Directivo da Associação Moçambicana de Seguros, Ruben Chivale, sublinhou que as alterações climáticas, os conflitos internacionais, a transição energética e a Inteligência Artificial indiciam novos tempos e uma nova ordem no mercado dos seguros.

“Estamos, neste momento, a trabalhar na base de dados que vai ajudar na monitoria de riscos. Vamos fazer também um estudo de mercado de seguros para avaliar o contexto macroeconómico e os indicadores que vão causar impacto para a actividade”, lê-se.