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RDC deteve pilotos sul-africanos por fraude

Fernando Baxi
23/7/2024
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Foto:
DR

Wolpe chegou a apresentar um comprovativo de pagamento falso para a empresa que intermediou o negócio, a ZAS Aviation, Transport and Logistics.

Dois pilotos sul-africanos foram mantidos reféns durante uma semana na República Democrática do Congo (RDC) depois de um empresário sul-africano de aviação, Jonathan Wolpe, alegadamente ter roubado milhões ao governo da RDC e a uma empresa contratada para o país.

Tudo começou depois de um acordo entre Wolpe, CEO do United Aviation Group, e uma empresa contratada para fazer trabalhos eleitorais presidenciais para a RDC em dezembro do ano passado.

Wolpe teria enganado várias partes interessadas e fugido com milhões de rands. Em retaliação, o governo da RDC deteve em Kinshasa por vários dias dois pilotos. As autoridades congolesas exigiram a devolução de 60 mil USD.  

Em entrevista ao Eyewitness News, um dos pilotos, Tim Stark, disse que foi instruído a não voar para a posse presidencial porque Wolpe não pagou a empresa para a qual foi contratado.

"Jonathan forjava comprovativos de pagamentos e ele continuava a fazer isso, o que obviamente causava tensão e estava a acabar com o cliente, que começou a ficar um pouco hostil."

Stark disse que, devido ao aumento das tensões, não tiveram escolha senão  continuar com o trabalho. Pouco depois de fazê-lo, os  helicópteros foram apreendidos pelos militares e foram mantidos reféns, não podendo deixar o hotel até que Wolpe reembolsasse o depósito devido ao governo da RDC.

O outro piloto com quem Stark estava, que preferiu manter o anonimato, disse que a escalada da situação resultou em um ataque cardíaco.

Os pilotos foram autorizados a sair - tendo passado mais de um mês na RDC.

Wolpe chegou a apresentar um comprovativo de pagamento falso para a empresa que intermediou o negócio, a ZAS Aviation, Transport and Logistics.